Por unanimidade, Alesp aprova punição para Fernando Cury, deputado acusado de assediar Isa Penna

Todos os 86 deputados presentes na sessão votaram a favor da punição para Fernando Cury.

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Nesta quinta-feira (1), a Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), votou, após dois longos dias de discussão, a favor do afastamento por seis meses do deputado estadual Fernando Cury, do Cidadania. 

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Fernando é acusado de importunação sexual praticada contra Isa Penna, do PSOL, em dezembro de 2020. A aprovação do afastamento do parlamentar foi unânime: todos os 86 deputados que estavam na sessão foram a favor da pena imposta ao réu que não estava presente.

Esta decisão marca a história da política brasileira como a primeira vez em que uma casa legislativa do país vota e pune um caso de assédio contra a mulher.

Com o afastamento de Cury, seu suplente, Afonso Lobado, do PV, assume o cargo. A exoneração ou não dos servidores do gabinete do deputado punido fica por conta de Lobato.

A discussão a cerca da pena ou da absorvição de Cury surpreenderam ao começar um dia antes e, de início, seria votada a pena decidida no dia 5 de março pelo Conselho de Ética da casa, que optou por 119 dias. Porém, o período estipulado foi visto mais como uma licença do que uma punição, de fato, por outros parlamentares. 

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Durante os debates ocorridos entre os deputados, Isa, a vítima do caso, afirmou que sua preocupação a cerca de uma punição justa era por conta do “recado que estamos passando para os assediadores de mulheres”.

O deputado Emídio de Souza, do PT, chegou a entrar com um pedido, no dia 30 de março, junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), para que a cassação do mandato de Cury fosse a pena discutida. Na quarta-feira (30), o pedido foi negado pelo TJ.