Mulher é resgatada de regime análogo à escravidão em casa de patroa: ‘Trabalhava 24 horas’

A mineira foi resgatada após nove meses em situação análoga à escravidão.

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Cíntia Domingos, de 34 anos, foi resgatada pela Polícia Civil em situação análoga à escravidão, em uma casa de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul. A empregada doméstica trabalhava 24 horas por dia sem receber um único centavo por seus serviços.

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“Eu trabalhava de manhã, de tarde e de noite, 24 horas. Passava, lavava, fazia uns trem lá, limpava a casa inteira e ela não me deu nenhum centavo”, relatou Cíntia.

Segundo ela, os patrões a tratavam como um cachorro, como um lixo. Ela mesma classifica sua situação como ‘trabalho escravo’. A vítima alega ainda que os donos da casa a seguravam e não a deixavam sair nem mesmo para a igreja.

Cíntia revelou ainda que nos únicos momentos que conseguiu sair, a patroa a seguia com o carro, mandava ela entrar e a levava de volta pra casa.

Valdete Domingos, mãe da vítima, se mostrou indignada e pediu por justiça. “Um absurdo, um cúmulo que a pessoa tirar um ser humano pra fazer o que ela fez não está normal isso aí. Ela tem que pagar os erros que ela fez”.

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Cíntia foi resgatada após nove longos meses em situação de escravidão, no Mato Grosso do Sul. Segundo a delegada Ligia Barbieri Mantovani, tanto a autora quanto seu filho já foram notificados pela delegacia especializada, em Campo Grande, porém, ambos não foram encontrados para prestar esclarecimentos.

Ainda segundo a delegada, considerando a natureza do crime, a investigação pode passar para a esfera federal, ou seja, pode passar para as mãos da Polícia Federal. A delegacia do Mato Grosso do Sul, por sua vez, já enviou o processo para a Justiça Federal e também já comunicou à Justiça do Trabalho.