Bolsonaristas estimulam motim após morte do PM Wesley Góes na Bahia: ‘A hora de parar é agora’

O policial Wesley Góes foi morto a tiros por colegas no domingo, 28, após um aparente ‘surto psicológico’ em Salvador, na Bahia.

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No intuito de estimular um motim, apoiadores do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) usaram na última segunda-feira, 29, a morte do policial militar Wesley Soares Goes, que foi morto a tiros por colegas de trabalho após um aparente “surto” em frente ao Farol da Barra, em Salvador, para criticar as medidas que vêm sendo adotadas pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT) para conter a pandemia da Covid-19.

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Após mais de três horas de negociações, o PM, que atirou para o alto por diversas vezes, foi atingido após disparar também contra os agentes que cercavam a área.

Com a repercussão do caso do PM Wesley, as hashtags #RuiCostaGenocida e #Surtou ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter na segunda-feira. Segundo o governo do Estado, todos os protocolos foram seguidos durante a operação.

Até mesmo a presidente da Comissão de Constituição e justiça (CCJ) da Câmara, a deputada Bia Kicis (PSL-DF), decidiu citar o caso nas redes sociais e, para isso, compartilhou um vídeo do momento em que Wesley aparentemente sofre um surto psicológico. Na gravação, é possível ver claramente o momento em que o policial atira para o alto, no entanto, não mostra os disparos que ele teria feito em direção aos agentes do Bope.

Ao compartilhar o vídeo, Bia Kicis afirmou que o PM foi morto por ter se recusado a prender trabalhadores e disse não às ordens do governador Rui Costa, ordens essas que são caracterizadas como “ilegais” pela deputada. “Esse soldado é um herói”, ressaltou.

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Após a morte de Wesley, policiais realizaram manifestações em Salvador. O deputado Soldado Prisco (PSC) comentou o caso ressaltando que um PM trabalhador foi morto e questionando até quando isso será aceito. Por fim, ele ainda diz que “a hora de parar é agora” e diz convocar a todos.