O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, se pronunciou nesta segunda-feira (29) a cerca do caso ocorrido em Salvador, Bahia, quando o soldado da Polícia Militar, Wesley Góes, 38, aparentemente teve um surto psicótico e precisou ser contido por seus colegas de farda do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A ocorrência culminou na morte do soldado.
Segundo Sérgio, o nome de Wesley poderá figurar na lista de Personalidade Negras da instituição presidida por ele. Desde o anúncio da morte do policial militar, um movimento liderado por apoiadores do governo federal surgiu com o intuito de transformar Wesley em um mártir contra as medidas de restrição adotadas por governadores contra a covid-19.
De acordo com Camargo, as palavras proferidas por Wesley instantes antes de ser atingido pelo fogo amigo de seus companheiros de farda expressam a indignação dos trabalhadores brasileiros perante a “truculência e o autoritarismo”.
O nome do PM Wesley Góes poderá ser incluído na lista de Personalidades Negras da Fundação Palmares caso atenda aos critérios da portaria 189/2020. As palavras dele, antes de ser baleado, expressam a indignação dos trabalhadores brasileiros ante a truculência e o autoritarismo.?? pic.twitter.com/2zu1bGFH6P
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) March 29, 2021
“Temos informações preliminares de que a conduta do PM Wesley Góes era exemplar, o que considero provável. Assim que houver confirmação oficial da reputação ilibada dele como soldado, a Palmares procederá à justa homenagem”, anunciou Camargo.
As declarações de Sérgio Camargo, em sua maioria com teor polêmico, são motivo de repercussão desde que o mesmo assumiu o comando da Fundação Palmares. Em relação à lista de Personalidades Negras, Camargo assinou, em novembro de 2020, uma portaria modificando as diretrizes que definem quem pode ou não ter seu nome e biografia gravados no site do órgão.