O deputado federal e filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro, causou polêmica ao utilizar suas redes sociais nesta segunda-feira (29) para tecer comentários a cerca da morte do soldado da Polícia Militar da Bahia, Wesley Góes, de 38 anos.
Wesley foi morto por seus colegas de farda após ter um surto psicótico e disparar contra a guarnição do Bope que estava no local tentando uma negociação com o PM. O Fato ocorreu na tarde do último domingo (28), no Farol da Barra, em Salvador, Bahia.
De acordo com Eduardo Bolsonaro, o soldado foi morto, pois, prender trabalhador é a maior punição de um vocacionado em combater o crime, afirmou o deputado em seu perfil oficial no Twitter.
“Esse sistema ditatorial vai mudar. Protestos pipocam pelo mundo e a imprensa já não consegue abafar. Estão brincando de democracia achando que o povo é otário”, completou o parlamentar, fazendo referência às medidas de isolamento social que a Bahia e outros estados estão adotando para conter o avanço do coronavírus.
No estado baiano, o governador Rui Costa manteve as medidas restritivas até o dia 5 de abril e, por conta da situação em que se encontra a crise na saúde pública, Salvador e as demais cidades pertencentes ao estado também estão com toque de recolher em vigor. Sendo assim, somente serviços essenciais estão em funcionamento e a circulação de pessoas durante a noite está restrita a servidores essenciais.
Mesmo com a repercussão nacional do caso do soldado Wesley, o comandante-geral da Polícia Militar, Paulo Coutinho, afirmou que não existe a mínima possibilidade de que os militares mobilizem uma paralisação de suas atividades.