Entre os depoimentos colhidos nesta semana no caso de investigação da morte de Henry Borel, o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca) ouviu relatos impactantes de uma ex-namorada do padrasto do menino, e de sua filha, um adolescente de 13 anos, que acusaram o parlamentar de supostas agressões no passado
Segundo a mulher, que não teve a identidade revelada, Dr. Jairinho (Solidariedade) a agrediu quando os dois se relacionavam e que a filha, que tinha 4 anos na época, “ficava nervosa, chorava e vomitava ao vê-lo”. As informações são do jornal “Extra”.
Ainda segundo ela, a menina chegou a relatar para avó materna que também foi agredida pelo vereador do Rio de Janeiro e teve a cabeça afundada por ele dentro de uma piscina.
Diante dessas fortes acusações, a polícia abriu um inquérito na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) do Centro do Rio para apurar essa ocorrência.
No depoimento, a mulher de 31 anos disse ter conhecido o parlamentar em 2010, quando o pai do vereador, o PM e deputado estadual Jairo de Souza Santos, tinha vencido as eleições. Pouco tempo depois, os dois teriam ficado noivos.
A testemunha disse ainda que durante o relacionamento dos dois, a filha começou a não querer ficar com a mãe quando Jairinho estava por perto. A menina fica agitada, chorava e pedia para dormir na residência da avó materna.
Procura pelo pai de Henry
Segundo informações do “RJTV2”, da Rede Globo, a ex-namorada de Jairinho procurou o pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel, para contar toda a história vivenciada no passado com o parlamentar. Em mensagens enviadas através das redes sociais, a mulher lamentou a morte do menino de 4 anos, e disse ter vivido os “piores dias da vida” ao lado do parlamentar.
Ao tomar conhecimento dos depoimentos, o advogado de defesa de Jairinho e Monique Medeiros, mãe de Henry, acusou a ex-namorada de perseguição, e ainda questionou o fato dela ter procurado primeiro o pai de Henry ao invés de ir à delegacia.