O caso de morte do menino Henry Borel, de 4 anos, segue sendo investigado pela Polícia Civil do Rio. Nesta semana, o delegado titular da 16ª DP (Barra da Tijuca) Henrique Damasceno, vem colhendo diversos depoimentos de testemunhas com o objetivo de elucidar a ocorrência que impactou o país, e vem tendo grande repercussão.
Entre as pessoas ouvidas nos últimos dias, Damasceno colheu depoimento de uma ex-namorada do padrasto do garoto, o vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade). Em seu relato, a mulher disse que passou “os piores dias da vida” no relacionamento que teve com o parlamentar, citando a existência de agressões dele para com ela e a filha, que na época era uma criança, e atualmente tem 13 anos.
A mensagem em que a mulher conta a violência foi encaminhada na última semana para o pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel. As conversas foram obtidas com exclusividade pela Rede Globo.
No texto, a testemunha se diz abalada pela morte da criança e afirma ter sido negligente na época em que ela e a filha foram vítimas de agressões.
“Mas eu tive muito medo. Muito mesmo. Eu passei os piores dias da minha vida com ele. E hoje não consigo olhar no olho da minha filha por tudo que ele fez e eu não vi. Eu me culpo todos os dias da minha vida”, finalizou a mulher em texto enviado por uma rede social.
Ligação
No depoimento dado à polícia, a testemunha disse que se sentiu intimidade quando recebeu uma ligação de Dr. Jairinho dias depois da morte de Henry. De acordo com ela, eles não se comunicavam há 8 anos, quando o relacionamento foi encerrado.
Ação da Justiça
Nesta sexta-feira (25), a Polícia Civil cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em locais diferentes do Rio. Celulares e computadores da mãe, padrasto e pai da criança foram detidos para investigação. Além disso, a Justiça determinou a quebra de sigilo de todos os principais investigados, e interditou o apartamento onde a criança morava.