Caso Henry: Dr. Jairinho tentou liberação do corpo sem passar pelo IML; médico fez pedido ao pai

Leniel Borel, pai do garoto Henry Borel, deu entrevista ao canal de Antonia Fontenelle. Na conversa de quase 30 minutos, ele deu detalhes da morte do filho. Leniel contou que deixou Henry com a mãe da criança, a professora Monique Medeiros, na noite do dia 7 de março, um domingo.

Monique mora em apartamendo da Barra da Tijuca junto com o namorado, o vereador Jairo Souza Santos, conhecido como Dr. Jairinho. Segundo Monique, ela encontrou Henry caído no chão do quarto na madrugada de segunda-feira. Levado ao hospital Barra D’Or, ele não resistiu e morreu.

Leniel contou que recebeu a ligação de Monique na madrugada pedindo que ele fosse para o Barra D’Or. Ele não sabia o que tinha acontecido com o filho. No hospital, Leniel ficou sabendo da morte do garoto. O engenheiro contou que estava aguardando assistente social para falar sobre a morte do filho.

O engenheiro explicou que reuniu os médicos para saber o que tinha acontecido com o filho. “Foi comum, ambos falaram: ‘pai, a gente não sabe. Inclusive volte aqui para explicar pra gente o que possa ter acontecido'”, afirmou Leniel. Como a causa da morte estava indefinida, era necessário que o Instituto Médico Legal examinasse o corpo.

O que Leniel não sabia é que Jairinho havia tentando fazer a liberação do corpo rapidamente sem passar pelo IML. Essa informação foi divulgada pela jornalista Juliana Dal Piva, colunista do UOL, nesta quinta-feira (25). Leniel teria enviado mensagens e feito ligações fazendo o pedido ao hospital.

Laudo do IML mostrou que Henry sofreu laceração hepática e hemorragia causadas por ação contundente. Havia lesões visíveis no corpo do garoto. Por este motivo, o protocolo indicava que o IML fizesse o laudo de necropsia.