Henry se queixou de atitude do padrasto para o pai um mês antes de morrer; conversa é revelada

Pai e padrasto da criança tiveram um encontro para falar sobre queixa da criança.

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Um mês antes de morrer, o menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, procurou o pai para se queixar de abraços que estava recebendo do padrasto, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade). O gesto que poderia ser de carinho se transformava em uma ação que provocava dor ao garoto. O relato foi dado pelo pai dele, Leniel Borel de Almeida, que revelou ter ido conversar com o parlamentar sobre o assunto.

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Segundo o engenheiro, em depoimento dado na 16ª DP (Barra da Tijuca), ao ouvir as queixas do filho, procurou o vereador para pedir de “forma amistosa”, que o parlamentar parasse de abraçar o menino daquela forma. Leniel disse que foi atendido, e Henry não se queixou mais da ação.

Em entrevista concedida ao “RJTV”, da Globo, Leniel disse ter ficado intrigado com a queixa de Henry. No depoimento dado à polícia, Dr. Jairinho afirmou que apesar de ter achado curioso o pedido do pai do menino, não classificou como ofensa, e destacou que a conversa ocorreu sem nenhum problema. 

Henry foi entregue por Leniel à mãe no dia 7 de março, no condomínio onde a professora Monique Medeiros vive com Jairinho, situado na Barra da Tijuca, no Rio. Na madrugada do dia seguinte, o menino foi levado às pressas para uma unidade hospitalar, apresentando lesões. Segundo depoimento de médicas responsáveis pelo atendimento, o menino já chegou no hospital sem vida. 

O exame de necropsia apontou que o menino sofreu uma ação contundente, fato que provocou hemorragias internas e laceração hepática. 

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Depoimentos

Nesta quarta-feira (24), o delegado responsável pelas investigações do caso, Henrique Damasceno, colheu mais alguns depoimentos de testemunhas. Entre eles, o da faxineira que trabalha na casa família. A mulher apresentou uma versão divergente do que foi dito pela mãe do menino anteriormente.

À polícia, Monique Medeiros disse não ter contado para a empregada sobre a morte do filho, e que depois do almoço deu o dia de folga para a funcionária, versão esta rechaçada pela testemunha.