MP vai investigar médica que usou nebulização de cloroquina em pacientes internados na UTI com Covid-19

A pedido do Hospital Nossa Senhora Aparecida, a médica Eliane Scherer deve ter sua conduta investigada pelo Ministério Público.

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Na última segunda-feira, 22, o Hospital Nossa Senhora Aparecida, localizado no município Camaquã (RS), solicitou ao Ministério Público (MP) que a conduta profissional da médica Eliane Scherer seja investigada pelo Conselho Regional de Medicina (Cremers). De acordo com a unidade hospitalar, a médica usou um procedimento experimental – que não possui comprovação cientifica – em pacientes graves da Covid-19. As informações foram divulgadas em primeira mão pelo jornal Folha.

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 Eliane atuava até a semana passada como intensivista no hospital, onde usou hidroxicloroquina inalável em pacientes da Covid-19, medicamento que não possui comprovação cientifica contra a doença. A droga seria diluída em soro fisiológico e aplicada no paciente em forma de nebulização.

Para a reportagem do jornal Folha de São Paulo, a assessoria jurídica da unidade hospitalar informou que a profissional estava descumprindo os protocolos de segurança da instituição, por isso, foi desligada da equipe de profissionais do Hospital Nossa Senhora Aparecida.

Vale ressaltar que o medicamento ingerido em pacientes da Dra. Eliane não possui aval de protocolos de saúde, do fabricante do produto e nem ao menos do hospital, desta forma, a médica teria colocado estas pessoas em risco.

Atuando na unidade desde 2020, a médica era contratada direta da Promed, empresa responsável por intermediar serviços médicos em hospitais e clínicas. Ainda de acordo com informações divulgadas pela reportagem, no contrato de Eliane estava especificado que ela deveria atuar apenas no setor do pronto-socorro, contudo, ela estava na verdade aplicando nebulização de hidroxicloroquina em pacientes internados na UTI e em leitos clínicos com Covid-19.

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