Atualmente o Distrito Federal sofre com o caos em seu sistema de saúde público. Diante disso, corpos de vítimas do coronavírus tem acabado por ficar à espera de deslocamentos nos corredores das unidades de saúde e, em alguns casos, até no chão. Em imagens gravadas por profissionais de hospitais localizados no Guará e em Ceilândia, regiões próximas à Brasília, é possível ver um corpo ensacado no piso. Em outra gravação, é possível ver um corpo enrolado em panos, sobre uma maca.
A rede de saúde está realmente esgotada. De acordo com dados atualizados nesta segunda-feira, 22, pelo governo do DF, ao menos 411 pacientes estão à espera de um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratar da Covid-19.
Além disso, os hospitais particulares da região também estão enfrentando problemas com o aumento do número de casos – de 432 leitos de UTI, estimasse que tenha apenas cinco vagas disponíveis. Diante disso, a pressão volta para a rede pública, que conta com 409 leitos de tratamento intensivo.
Questionada a respeito, a Secretária de Saúde do DF afirmou que, no caso de Ceilândia, o corpo teve que ficar por algum tempo no corredor porque houve um atraso em função do volume corporal e ainda devido à indisponibilidade de um invólucro compatível com o tamanho do corpo.
Já sobre o corpo que estava no chão do Hospital Regional de Guará, a direção da unidade hospitalar afirmou que, na verdade, eles não estavam deitados diretamente sobre o piso, isso porque estariam em um tablado de madeira, isso enquanto seguiam aguardando a transição para o serviço funerário.