O presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido) criticou novamente as medidas que vêm sendo adotadas por governadores e prefeitos em meio à pandemia do coronavírus. Nesta sexta-feira, 19, o presidente mencionou os impactos econômicos que também estão sendo causados pela pandemia, e afirmou que “vai chegar o momento” em que o seu governo precisará tomar uma “medida dura” sobre isso.
Bolsonaro optou por não dar detalhes sobre qual seria essa “medida dura”, no entanto, em conversa com alguns apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada, o presidente comparou o fechamento de estabelecimentos e comércios a um decreto de estado de sítio, medida que só pode ser tomada pelo chefe do Executivo.
E não foi só isso. O presidente ainda chegou a afirmar que a fome, a pobreza e a miséria são um “terreno fértil para a ditadura” no Brasil. Em seguida, Bolsonaro questionou se o governo federal terá que tomar uma decisão antes que isso aconteça, e ainda se a população está preparada para uma dura ação do governo a respeito do assunto.
Segundo o mandatário, a “medida dura” tão falada por ele trará de volta à população a liberdade os devolvendo o direto de trabalhar. Bolsonaro diz que isso não é ditadura e disse haver “uns imbecis” que falam a todo o momento em ditadura.
Mesmo assim, Bolsonaro diz que realmente a miséria, a pobreza e a fome se tornam um “terreno fértil para a ditadura”. Por fim, o presidente ainda diz que, desta forma, acabará chegando o dia que ele não gostaria que chegasse. “Vai acabar chegando”, disse Bolsonaro.