O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou nesta quarta-feira (17), a alguns apoiadores, ter ficado feliz diante dos protestos que aconteceram no último fim de semana em diversos municípios brasileiros contra as medidas de restrição à locomoção da população e ainda alguns toques de recolher. A declaração do presidente foi feita apenas algumas horas depois do futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defender as medidas de distanciamento social para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.
“Logicamente eu fiquei feliz”, disse Bolsonaro ao falar a respeito dos protestos em uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Além disso, o chefe do Executivo ainda continuou dizendo que atos como esse, mostram que os brasileiros estão vivos e que “sentimentos democráticos” estão valendo. Bolsonaro diz que a população quer a sua liberdade e que todos respeitem a Constituição.
A pandemia da Covid-19 foi anunciada há um ano e, atualmente, o Brasil vem vivendo o seu pior momento desde o início da doença. Diariamente, o país vem batendo recordes sucessivos de mortes causadas pela covid-19 e, além disso, praticamente todos os estados, incluindo o Distrito Federal, sofrem com o colapso no serviço de saúde.
Horas antes de Bolsonaro ter comentado sobre as manifestações, Queiroga, que foi escolhido pelo próprio presidente para substituir Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde, afirmou que, com políticas de distanciamento e melhora na assistência dos hospitais, o país irá reduzir o número diário de mortes provocadas pela doença.
Mesmo diante de tais afirmações, o médico Queiroga optou por não citar quais são as medidas protetivas defendidas por ele.