Após passar 18 dias lutando pela vida contra a Covid-19, o padre Roberto Singelyn não resistiu às complicações da doença e morreu na última terça-feira (16), em Recife. O sacerdote era vigário paroquial de Nossa Senhora de Lourdes, situada na Zona Norte da capital pernambucana, e integrava o grupo de risco, por conta da elevada idade: 86 anos.
Natural de Detroit, nos Estados Unidos, Roberto, se considerava um brasileiro, haja visto que já atuava como padre no país desde 1969.
A morte do religioso foi amplamente lamentada na comunidade católica. Em nota de pesar, a Arquidiocese de Olinda e Recife, através de Dom Fernando Saburido, prestou condolências aos familiares pela perda.
Comoção
Um dos responsáveis por acompanhar o tratamento do sacerdote na luta contra a Covid-19, o padre Jurandir teceu palavras carinhosas ao lembrar do amigo.
“Padre Roberto foi um grande irmão. Brincalhão, animado, disponível e de coração imenso. Serviu no silêncio e na simplicidade. Deixou reconhecido exemplo de vida, que nos ensina a todos. Nosso bom velhinho foi morar no céu”, afirmou o padre Jurandir.
Vida sacerdotal
Segundo a nota de pesar, Roberto Singelyn foi ordenado padre em 1960, em Detroit, quando tinha 25 anos. Nove anos mais tarde, em um convênio entre as Arquidioceses de Olinda e Recife com a de Detroit, o religioso veio trabalhar no Brasil. Durante décadas, o sacerdote exerceu o ofício de administrador da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, ficando no cargo até 2006.
Entre 2006 a 2015, o religioso trabalhou em São Lourenço da Mata, em serviço pastoral. Antes de ser acometido pela Covid-19, ele exercia o ministério sacerdotal da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes de Nova Descoberta.