Auxílio Emergencial: maioria dos beneficiários receberá valor abaixo do previsto e situação gera revolta

Benefício terá mais quatro cotas em 2021, mas com valores diferenciados de acordo com perfil.

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Há uma grande expectativa em torno da oficialização do Auxílio Emergencial. Depois da aprovação da PEC Emergencial no Senado e Câmara, o governo federal deve lançar em breve a Medida Provisória com o detalhamento das novas parcelas do programa que servirá mais uma vez como um alento para a população mais carente em tempos de pandemia.

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Contudo, diferentemente do que se imaginava e foi sinalizado, a maior parte dos beneficiários do programa devem receber a menor cota do Auxílio Emergencial, fixada no valor de R$ 150. A informação foi revelada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Serão cerca de 20 milhões de famílias – 43% do quantitativo total de beneficiários – na categoria classificada como “unipessoal”, ou seja, composta por apenas uma pessoa. 

Outros 16,7 milhões de família que têm mais de um integrante vão receber R$ 250. Já a maior cota, no valor de R$ 375, será destinada a mães chefes de família – cerca de 9,3 milhões de mulheres.

O pagamento das novas parcelas do Auxílio Emergencial está previsto para ser iniciado em abril. 

Cenário diferente

Segundo o jornal, o governo federal tem evitado trazer detalhes da divisão dos beneficiários antes da publicação da Medida Provisória para evitar críticas mais severas sobre os valores.

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Curiosamente, em oportunidades anteriores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro chegaram a sinalizar que a maioria dos beneficiários receberiam a cota de R$ 250, o que daria R$ 1.000. Se este novo modelo for concretizado, este grupo receberá R$ 600 no somatório das quatro parcelas.

Ainda segundo o Estadão, Bolsonaro já tinha recebido os números preliminares do Auxílio no início deste mês. Na oportunidade, as estimativas apontavam que 18 milhões de famílias entrariam no valor mínimo, o índice de beneficiários neste grupo, no entanto, teria crescido nos últimos dias. 

Revolta

Nas redes sociais, os internautas não repercutiram positivamente a possibilidade da maioria dos beneficiários receberem apenas R$ 150 mensais.

“É brincadeira né uma família que depende disso pra viver meu deus é vergonhoso”, disparou um internauta. “Isso é vergonhoso, não dá para fazer um feira descente e nem pagar no mínimo água, luz e gás”, reclamou outro.