Mulher morre vítima da Covid-19 após perder marido e filha em intervalo de 24h pela doença; caso comove

Izabel Gussoni não tomou conhecimento de que companheiro e filha haviam morrido pela Covid-19.

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A pandemia do coronavírus segue assolando a população mundial em larga escala. Nas últimas semanas, os casos de novas infecções e óbitos pela doença dispararam significativamente. Nem sempre as histórias comoventes na luta contra a Covid-19 acabam tendo um final feliz para as famílias.

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Em Dracena, interior de São Paulo, três membros de uma família morreram em um curto intervalo de diferença de um para o outro após serem infectados. Internada em tratamento contra a doença, Izabel Gussoni morreu nesta quarta-feira (10), na Santa Casa do município. 

Internada há mais de um mês na unidade hospitalar, a paciente havia perdido o marido e a filha de 27 anos para a doença. Os dois morreram com um intervalo de apenas 24 horas em fevereiro.

A mulher de 63 anos deu entrada no hospital no dia 9 de fevereiro, quando recebeu diagnóstico positivo para a Covid-19. Ela chegou a tomar conhecimento que a filha, Ana Carolina Gussoni Pereira, também tido sido internada na mesma unidade hospitalar por ter sido infectada. 

Drama

Izabel acabou piorando e teve que ir para UTI, e não recebeu mais informações sobre o estado de saúde da filha. Segundo a Santa Casa de Dracena, a paciente não tomou conhecimento que o marido também foi internado cinco dias depois dela. 

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Diante do cenário de colapso que vive a cidade do interior paulista, João Carlos Pereira, de 64 anos, foi transferido para o Hospital Regional de Presidente Prudente, sendo intubado. 

Enquanto Izabel seguiu estável, o quadro de saúde dos outros dois familiares pioraram significativamente, e eles não resistiram. A jovem Ana era obesa e tinha comorbidades, enquanto o pai que faleceu 24h depois tinha diabetes e quadro de hipertensão. 

Sem saber das mortes do marido e da filha, Izabel permaneceu por três semanas intubada, mas acabou não resistindo. A paciente foi a 107ª morte em Dracena. Vivenciando um cenário de calamidade, a cidade do interior paulista já computa mais de 3,2 mil casos de infecção, e tem 100% dos leitos ocupados.