Nesta quarta-feira, dia 10, delegados, agentes da Polícia Federal, além de peritos, policiais rodoviários federais e profissionais de dezenas de outras carreiras ligadas à segurança pública se mostraram dispostos a iniciarem um protesto por todo o Brasil.
De acordo com os membros da União dos Policiais do Brasil, esses profissionais afirmam que foram traídos por Jair Bolsonaro, pois o presidente teria prometido apoiar estas categorias no que diz respeito ao congelamento devido a PEC emergencial, mas, na prática, não é isto que deverá acontecer.
Como os policiais não podem fazer greve, eles estão planejando realizar diversas paralisações e assim mostrar o quão estão insatisfeitos.
Essa revolta teve início após o Palácio do Planalto demonstrar apoio ao texto da PEC, que já foi encaminhada à Câmara, sendo que até o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, votou contra a exclusão dos policiais, ou seja, eles também terão os salários afetados.
Esse texto determina que será criado um gatilho que congelará os salários e também tornará proibida a progressão na carreira, assim como novas contratações quando ocorrer alguma tragédia considerada estado de calamidade.
“É um movimento de traição, são montadas estratégias, deixando o Congresso ser culpado. Com Rodrigo Maia era mais fácil. Agora, no Senado, o governo votou contra a emenda defendida pelos policiais. É uma estratégia de fazer um discurso público e nos bastidores fazer outra coisa”, explicou o presidente da Fenapef, Luis Antônio Boudens.
Para Boudens, essa não foi a primeira traição de Bolsonaro e os protestos serão uma forma de chamar a atenção para o que esses profissionais estão chamando de ‘equívocos e absurdos’ da PEC.