O cenário de calamidade na saúde é evidente diante de um novo pico da pandemia do coronavírus em solo nacional. Além da falta de leitos de UTI, o que vem acarretando em muitas mortes, hospitais do país estão convivendo com a falta de materiais básicos para atender pacientes.
Em Goiás, o presidente da Associação de Hospitais Privados de Alta Complexidade (Ahpaceg), Haikal Helou, disse em entrevista à TV Anhanguera, que o estado convive com a falta de oxigênio, adrenalina, relaxante muscular, entre outros itens para atender os pacientes.
“Tem pacientes sendo entubados com pessoas segurando, amarrando. É uma coisa que você não esperava ver no século XXI”, desabafou Helou.
Ainda segundo o profissional de saúde, itens como cateteres, seringas e luvas também são escassos nas unidades hospitalares.
“A falta de tudo isso torna o trabalho muito difícil, se não impraticável. A falta de relaxante muscular e de oxigênio tocam um alarme no mais alto grau”, pontuou o médico.
SES-GO se pronuncia
Em nota enviada, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, disse que não há falta de medicamentos tanto para intubação quanto insumos básicos nos hospitais públicos e conveniados com o SUS na gestão estadual.
A SES-GO ainda afirmou que o quantitativo de oxigênio disponível tem sido monitorado constantemente, e que até o momento não há falta do insumo na rede pública dos hospitais de Goiás.
Lotação
O cenário de lotação das unidades hospitalares é uma realidade dura de Goiás. No último balanço divulgado, o estado registrava 96% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento do coronavírus, no âmbito público.
Até o momento, Goiás acumula mais de 414 mil casos de infectados pela Covid-19 desde o início da pandemia. O índice de mortos já ultrapassa a casa dos 9 mil.