O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou nesta sexta-feira, 05, no Palácio da Alvorada, um discurso destinado aos seus apoiadores, em que afirma que irá enviar à Câmara dos Deputados um projeto que visa a expansão da lista de atividades essenciais.
A medida de Bolsonaro pretende, mais uma vez, enfraquecer a força dos governadores e prefeitos, que em meio ao pior cenário da pandemia de Covid-19, vem cada vez mais enrijecendo as regras de distanciamento nos estados e cidades, buscando assim evitar o colapso do sistema de saúde que está se aproximando rapidamente. Para o presidente, a história de permanecer em casa isolado, somente funciona para aqueles que já possuem dinheiro, entretanto, há trabalhadores que dependem do trabalho diário para sua sobrevivência.
Bolsonaro afirma que descreveu o que são atividades essenciais, que não podem ser paralisadas durante o Lockdown que estados e municípios estudam realizar. “Mandei preparar um projeto nesse sentido”, disse o presidente aos seus apoiadores no Palácio da Alvorada, e continuou “a Câmara é quem vai decidir”. “Atividade essencial é toda aquela necessária para o chefe de família levar o pão para a casa. Por que o cara é encanador, por exemplo, não é essencial? Ele vai levar o que para casa?”, indagou.
O chefe do executivo, desde o início da pandemia, já se envolveu em inúmeras polêmicas. Recentemente o debate está em torno da vacinação, que continua em ritmo lento no país.
Bolsonaro afirmou que não há problemas em estados e municípios tomarem a frente do Governo Federal, e obter doses de vacinas, sem a intermediação do mesmo. Contudo, o presidente afirmou que os estados e munícipios que deverão arcar com o valor das comprar, pois ele não irá pagar a conta.