Depois de uma longa “novela”, a volta dos pagamentos do Auxílio Emergencial está bem próxima de acontecer. Antes quase que irredutível, o governo federal acabou cedendo à pressão dos parlamentares e população, e diante do cenário de pandemia, deve viabilizar mais quatro pagamentos.
A nova fase do benefício terá cotas oscilando entre R$ 175 a R$ 350, dependendo do perfil de cada brasileiro. O valor mais alto será destinado às mães chefes de família, enquanto a maioria deve receber R$ 250 mensalmente.
Estratégia criticada
De acordo com informações do jornal Estadão, o governo quer que a nova rodada do Auxílio Emergencial contemple apenas brasileiros que já estavam recebendo o benefício em 2020, não permitindo assim novo cadastro para atender quem também foi prejudicado diretamente pela pandemia em um período mais recente.
A postura do governo já vem despertando críticas de organizações da sociedade civil, que classificam como urgente a abertura de um novo prazo para solicitações do benefício. Atualmente, o governo trabalha com um limite de R$ 44 bilhões para as novas parcelas do programa, proposta inclusive aprovada pelo Senado, mas as organizações querem ampliar estas cifras.
Os questionamentos surgem antes da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) ser aprovada de forma definitiva. O texto que abre caminho para a prorrogação ainda depende do aval da Câmara dos Deputados, também em dois turnos de votação. Ao que tudo indica, a votação será iniciada nesta terça (9).
No ano passado, o Auxílio Emergencial contemplou cerca de 68 milhões de brasileiros. Para esta nova fase do programa, o Ministério da Cidadania promoverá um “pente fino” do índice de beneficiários, mais de 20 milhões devem ficar de fora.