Antes tida como praticamente inviável, a prorrogação do Auxílio Emergencial está bem próxima de ser oficializada pelo governo. Diante da forte pressão dos parlamentares, e uma situação alarmante com a pandemia, Bolsonaro resolveu ceder.
Neste domingo (28), inclusive, o chefe do Executivo esteve reunido com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para debater a votação da PEC Emergencial, que ajudará viabilizar o pagamento de uma nova rodada do benefício.
O encontro realizado no Palácio da Alvorada, contou com a participação de Bolsonaro, Lira, Pacheco, e ministros, como Paulo Guedes e Eduardo Pazuello.
Na reunião ficou acordado a votação da PEC Emergencial para esta semana. A PEC em questão prevê o acionamento de medidas em caso de crises nas contas públicas, e tida como fundamental para a medida provisória do Auxílio ser encaminhada para o Congresso.
A votação estava prevista para a última semana, mas pendências por conta de gatilhos que a PEC prevê, como propostas de extinção de mínimos constitucionais para saúde e educação, acabou provocando um entrave entre governo e parlamentares. Com isso, o fim do piso para as duas áreas deve ser revisto.
Qual valor Pacheco?
Na última quinta-feira (25), durante sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro falou pela primeira vez sobre possíveis valores e parcelas para a volta do Auxílio Emergencial. O chefe do Executivo disse que o governo prevê quatro pagamentos de R$ 250.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não cravou os valores, mas considerou a proposta como possível.
“Isso não está definido, mas é uma possibilidade que sejam as quatro de R$ 250. Mas também é preciso discutir neste ínterim de quatro meses o estabelecimento de um programa de renda mínima, de renda básica e cidadã”, disse o presidente do Senado.
Desde o período de eleições para a presidência da Câmara e do Senado, Lira e Pacheco se mostraram favoráveis à volta do Auxílio Emergencial para a população brasileira. Após a conclusão dos pagamentos no final do ano passado, deputados e senadores iniciaram uma movimentação intensa, apresentando projetos para retornar com o programa de ajuda, que chegou a atingir 68 milhões de brasileiros em 2020. Nesta nova fase, o benefício deve contemplar, no máximo, 40 milhões de cadastrados.