Na quinta-feira, 25, a Justiça Federal acatou a acusação realizada pelo MPF (Ministério Público Federal) contra Guilherme Boulos (PSOL) e outros dois militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). Os três agora réus estão sendo acusados de invadir o triplex de Lula (PT), no dia 16 de abril de 2018, como uma forma de protesto à prisão do ex-presidente. Vale lembrar que foi por causa deste triplex, localizado no Guarujá, que Lula acabou ficando preso por 580 dias na Sede da Polícia Federal de Curitiba.
Em 2018, os manifestantes só saíram do imóvel de Lula após negociação com a polícia, que durou cerca de quatro horas.
A decisão de aceitar a acusação foi da juíza Lusa Taubemblatt, da 6ª Vara Federal de Santos, São Paulo. Agora, os acusados tem um prazo de 10 dias para apresentar suas respostas à acusação, e o mesmo deverá ser feito por escrito.
Guilherme Boulos falou sobre o assunto e caracterizou a denúncia como “nova farsa do triplex”. Segundo Boulos, a Justiça Federal está aceitando as “atrocidades” que, segundo ele, estão sendo promovidas na Lava Jato.
A assessoria do político publicou uma nota sobre o ocorrido, onde afirmaram que os advogados envolvidos no caso estão caracterizando a denúncia como absurda, por isso, ressaltam que, por ser inconsistente, a mesma será revista. Além disso, a nota ainda fez questão de afirmar que Boulos não cometeu nenhum tipo de crime e os militantes do MTST também são inocentes, por isso, diz que o político já recusou acordos com o MP e vem, inclusive, pedindo o julgamento antecipado do caso.