De acordo com o TCU – Tribunal de Contas da União, cerca de 7,3 milhões de pessoas teriam recebido de forma irregular no ano passado o auxílio emergencial. O TCU também estima que 6,4 milhões de mulheres receberam a parcela em dobro, mesmo não preenchendo os requisitos para ter direito a tal benefício.
O valor de todos esses pagamentos feitos de forma irregular pode ultrapassar a marca de R$ 54 bilhões, ou seja, 18% do total destinado ao auxílio emergencial em 2020. Ontem foi divulgado o balanço final das fiscalizações a respeito do benefício e o resultado é surpreendente.
Os técnicos fizeram questão de ressaltar que o valor pago indevidamente pela União daria para garantir o pagamento de pelo menos mais três parcelas do benefício no valor de R$ 300 a 600 milhões de beneficiários.
Vem sendo discutida a volta do auxílio emergencial, mas com parcelas de no máximo R$ 250, beneficiando cerca de 40 milhões de brasileiros, um número bem abaixo do total de pessoas que receberam o benefício no ano passado.
A equipe econômica resistiu enquanto pode ao retorno do auxílio, mas agora a meta é limitar o alcance do benefício ao máximo, pois essa despesa estará fora do teto de gastos.
Desde que o auxílio emergencial começou a ser pago no ano passado que surgiram várias denúncias de pagamentos sendo feitos de forma indevida. Servidores civis e até mesmo militares tiveram acesso ao benefício, enquanto pessoas em situação de pobreza extrema tiveram a ajuda negada pelo governo.
Esse ano, quem for declarar o Imposto de Renda precisará informar sobre o recebimento de parcelas do auxílio emergencial em 2020 e poderá ter que devolver o dinheiro.