Menos de uma semana de ser liberada pelas autoridades, uma mulher suspeita de torturar os próprios filhos na cidade de Arapongas, no Paraná, voltou a ser detida nesta sexta-feira (12). A informação foi confirmada pela Polícia Civil.
A mulher que está grávida de 33 semanas, foi detida no início do mês juntamente com o marido, após denúncias de tortura contra os dois filhos: um menino de 4 anos e um bebê de apenas 10 meses. A suspeita havia sido solta no domingo (7), mas novas denúncias culminaram em uma nova prisão da mãe das crianças.
Responsável pelo caso, a delegada Thais Orlandini Pereira, afirmou que a Polícia Civil fez oitivas de novas testemunhas, e chegou na informação de que a mulher torturava o filho de quatro anos.
“Noticiaram ter avistado a genitora da criança andando com ela na rua com uma corda amarrada, como se fosse um animal. Com o laudo pericial que constou a prática de tortura, a Polícia Civil representou novamente pela prisão preventiva”, disse a delegada.
Diante das novas denúncias, um novo mandado de prisão foi expedido pela Justiça na noite da última sexta-feira (12), e a prisão da mulher foi executada pela Polícia Civil e Guarda Municipal de Arapongas.
Segundo o documento expedido pela Justiça, a prisão é necessária para preservas as vítimas, que segundo o despacho, foram submetidas a um grande sofrimento físico e psicológico. A determinação ainda destaca que a nova prisão foi motivada pelo risco da suspeita fugir ou ocultar provas do crime, mesmo estando gestante de oito meses.
Pai segue preso
Em depoimento inicial, o pai das crianças negou submeter os filhos à ações de tortura. Ele continua preso, e não tem advogado constituído no processo. O casal deve responder pelo crime de lesão corporal e tortura. As duas crianças foram levadas para um abrigo.