O Congresso pressionou e o governo federal cedeu, sendo assim a volta do auxílio emergencial já é dada como certa e a dúvida agora é quando ele começa a ser pago e quem terá direito ao benefício desta vez.
A equipe econômica e o Legislativo agora tentam definir o valor da parcela, os requisitos exigidos para ter direito à ajuda financeira e quanto tempo o auxílio irá durar desta vez. Outra questão que está em aberta e precisa ser respondida logo é quanto a origem do dinheiro que bancará o retorno do benefício.
A expectativa é que o valor do novo auxílio emergencial fique entre R$ 200 e R$ 250, durando até quatro meses e desta vez estima-se que 32 milhões de brasileiros serão beneficiados. A equipe econômica calcula que no ano passado foram gastos R$ 320 bilhões com o benefício, mas desta vez o custo não deve passar de R$ 30 bilhões.
“Apesar da vitória de aliados no comando da Câmara e Senado, há dificuldade de interlocução com o Congresso, e é necessário melhorar isso para colocar em contrapartida as PECs que melhorem as condições do orçamento público“, explicou a economista Camila Abdelmalack.
Outra questão importante é que há muitos analistas questionando se o auxílio emergencial é realmente eficaz e necessário. A preocupação agora é que o novo auxílio não repita os erros do ano passado e que realmente chegue àqueles que estão em situação de extrema pobreza.
E os problemas não param por aí, pois a disparada da inflação em 2020 deixou claro que o auxílio emergencial tem um efeito direto no consumo, porém, ele jamais deverá ser utilizado como um estímulo econômico.
A economista Abdelmalack ressalta que o benefício tem caráter assistencialista para ajudar a população mais pobre que foi ainda mais prejudicada pela pandemia causada pelo novo coronavírus.