Na última sexta-feira, 12, a Prefeitura de Manaus exonerou seis pessoas investigadas por terem furado a filha de vacinação contra a Covid-19. Entre estas seis pessoas, estavam as gêmeas Gabrielle e Isabelle Lins, que foram vacinadas contra a doença apenas alguns dias após terem sido nomeadas gerentes de projetos da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde de Manaus).
Os outros quatro teriam sido exonerados, porque não atuam na linha de frente do enfrentamento da pandemia. As exonerações, inclusive, já foram divulgadas no Diário Oficial do Município.
De acordo com informações do site Imuniza Manaus, as gêmeas receberam a segunda dose do imunizante quatro dias após o pedido de exoneração de seus cargos. O caso de Gabrielle e Isabelle repercutiu, porque as irmãs são herdeiras de um grupo empresarial dono do Hospital Nilton Lins, que foi alugado duas vezes pelo governo para que funcionasse como hospital de campanha para pacientes infectados com o coronavírus.
Além das gêmeas, diante de um pedido, também foram exonerados os médicos Carla Angelina Lima Ribeiro, Alessandro Silva Pontes, David Louis de Oliveira Dallas Dias (filho deputado de Amazonas, Wanderley Dallas) e Gabriela Pereira de Aguiar.
A equipe de reportagem do Estadão tentou contato com todos os profissionais exonerados, contudo, só teve retorno da advogada das irmãs.
Em uma nota oficial, a defensora das gêmeas afirma que Isabelle e Gabrielle estavam atuando na linha de frente de combate à Covid-19 e optaram por consignar em juízo a integridade dos valores que foram recebidos por ambas.