Responsável por administrar a distribuição e produção da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez uma projeção não muito animadora sobre o prazo para todos os brasileiros serem imunizados contra o coronavírus, caso o ritmo atual de vacinação siga o mesmo.
Segundo a entidade, se o panorama seguir na mesma velocidade atual e um quantitativo maior de doses não for liberado, a cobertura de imunização nacional só atingirá os 100% em 2024. A informação foi confirmada pela emissora CNN.
Cenário de escassez
Iniciada em janeiro, a campanha de vacinação no Brasil já esbarra na falta de imunizantes em alguns estados do país.
Nesta sexta-feira (12), o governador do Pará, Helder Barbalho, disse que o Ministério da Saúde reconheceu que errou na distribuição de doses.
“Lamentavelmente identificamos um critério com distorção entre estados, o que colocou o Pará como o estado que menos recebeu vacina por habitante na região”, disse o governador.
Em São Paulo, a situação de falta de vacina também já é registrado. Diante disso, o início da imunização em idosos acima de 80 anos sofrerá atraso. Outra capital que teve o cronograma alterado por conta da ausência de vacinas foi Salvador.
Projeção de Pazuello
Nesta semana, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a expectativa da pasta é vacinar ao menos 50% dos brasileiros até junho, e concluir a outra metade até o final de 2021.
“Nós vamos vacinar o país em 2021. 50% até junho e 50% até dezembro da população vacinável”, afirmou o ministro. Ainda segundo Pazuello, a meta é produzir 30 milhões de doses ao mês a partir de março.