Irritabilidade, birra e depressão: conheça os impactos da falta de aulas presenciais para os pequenos

Por causa da pandemia, escolas do país inteiro ficaram fechadas por quase todo o ano letivo de 2020.

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A pandemia do coronavírus mudou completamente a rotina das pessoas. Por causa da transmissão do vírus, as instituições de ensino do país todo foram fechadas por praticamente quase todo ano letivo de 2020. A medida foi necessária para tentar evitar a propagação desenfreada da Covid-19.

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No entanto, ter que deixar a criançada distante da escola e dos amiguinhos acabou tendo alguns impactos na saúde mental delas. Conforme alguns profissionais da área da saúde e educação, alguns estudantes acabaram desenvolvendo depressão e ansiedade, alteração no apetite e sono, maior agitação e irritabilidade, regressão no comportamento (fazer xixi na calça e atitude de birra) e também dores psicossomáticas, como dores de cabeça.

Para a especialista no assunto, a coordenadora de educação Raquel Franzim, já era esperado que acontecesse um atraso no desenvolvimento dos pequenos. “Na escola, elas exercem algum nível de independência. Precisam tomar decisões sozinhas: onde vão comer, com quem vão tomar o lanche — há um estímulo à autonomia. O ambiente familiar as poupa disso, porque os pais vão tomar as decisões. Isso traz um impacto na saúde emocional”, explicou.

A situação pode ficar tão séria que muitas crianças chegam a parar de comer sozinhas, querem dormir na cama dos pais e a falta do ambiente escolar vai provocando maior ansiedade, regressão e agitação. Apesar de tantos impactos negativos, os especialistas afirmam que esses comportamentos vão ser reparados depois que as atividades retornarem.

Tatiane Romano, que é mãe do pequeno Davi de três anos, relatou alterações no comportamento do filho. Ela disse que antes a criança dormia das 21h às 7h, mas sem escola começou a dormir por volta da meia-noite e levantar às 10h. Com toda mudança, o menino acaba ficando mais irritado, querendo ficar apenas assistindo televisão ou brincando com tablet. A mãe ainda ressalta que o filho ficou mais agressivo, jogando objetos no chão e respondendo com malcriação.

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A interrupção das atividades escolas presenciais pode promover abalos psicológicos na crianças. Essas consequências emocionais acontecem por causa da rotina sem horário definidos, distanciamento os amigos e professores, muita exposição a aparelhos eletrônicos, redução na autonomia e perda de contato com realidades diferentes da casa.