Um dos grandes assuntos do momento tem sido a discussão em torno de uma possível prorrogação do Auxílio Emergencial. Nos bastidores, o governo federal que tanto se mostrou contrário à decisão de novos pagamentos do benefício, vem mudando a postura, após a pressão de parlamentares.
Depois do ministro Paulo Guedes se reunir com o novo presidente do Senado e sinalizar a possibilidade da volta do programa, a Folha de S. Paulo publicou neste domingo (07), que o governo federal já está preparando uma proposta para liberar três novas parcelas de R$ 200 do Auxílio Emergencial, focalizando trabalhadores informais que não são atendidos pelo Bolsa Família.
Contudo, o programa seria rebatizado e vem com novas exigências para o recebimento. Segundo o periódico, o programa pode ter seu nome alterado para BIP (Bônus de Inclusão Produtiva) e, para receber este benefício, a pessoa terá que realizar um curso de qualificação profissional.
Ainda segundo a Folha, o novo plano deve prever que o programa esteja ligado à Carteira Verde e Amarela, proposta do governo para reduzir encargos trabalhistas, além de estimular a formalização de pessoas que integram a baixa renda.
Corte de gastos
Essa reformulação da ajuda de custo impactaria em uma redução significativa. Ao invés dos R$ 50 bilhões mensais gastos com as cotas originais de R$ 600, os cofres públicos seriam impactados em R$ 6 bilhões mensais.
Por várias vezes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sinalizou que o país não tem condições de esticar novos pagamentos do programa Auxílio Emergencial por conta do alto endividamento feito no período da pandemia.