O caso de morte da pequena Ana Clara Machado, de 5 anos, ocorrido no início da semana, na comunidade Monan Pequeno, em Niterói (RJ), causou forte comoção nacional. A criança brincava com o irmão em frente de casa quando foi alvejada por um disparo de arma de fogo, em um suposto confronto entre policiais e criminosos no morro. O cabo da Polícia Militar, suspeito do disparo, está preso de forma preventiva.
Desolada, a mãe de Ana Clara, Cristiane Gomes tenta se recuperar do grande baque sofrido com a perda precoce da filha. Em entrevista ao jornal Extra, ela detalhou como era a pequena e afirmou que tinha planos de levar os dois filhos para curtirem a piscina na casa de uma amiga da família no dia da tragédia, contudo, isso não foi possível.
Segundo Cristiane, Ana Clara era uma criança bastante carinhosa e querida por todos. Emocionada, a mãe revelou que a volta para casa tem sido a pior sensação, uma vez que sempre lembra da trágica cena da filha baleada no momento em que ela brincava com o irmão mais novo.
“Chegar em casa e não vê-la é uma dor tremenda. Ontem (quinta-feira) eu fui lá e a cama dela estava do jeito que ela deixou. Então, para todos ela era uma criança muito doce, coisa pequena fazia minha filha feliz e a deixava com um sorriso estampado no rosto”, desabafou Cristiane Gomes.
Investigação
Suspeito de ser o autor do disparo que ceifou a vida de Ana Clara, o cabo da PM, Bruno Dias Delaroli, continua preso. Um dia após a ocorrência, ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Apesar de não assumir a autoria do disparo, o agente policial apresentou um testemunho divergente das provas e de relatos de outros policiais, tendo assim a sua prisão decretada.
Buscando Justiça, Cristiane Gomes quer que o PM seja responsabilizado de forma integral pela morte de sua filha, e que pague pelo que fez.
Segundo a PM, a equipe que trabalhava no dia da morte de Ana Clara estava efetuando um patrulhamento, quando foram surpreendidos com disparos feitos por um grupo de criminosos, e revidaram. A família da criança nega que a existência de confronto no momento em que a vítima foi alvejada.