O início da sessão de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional foi marcada por provocações entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e a oposição. Isso depois que parlamentares contrários ao governo gritaram palavras como “fascista” e “genocida”, quando o chefe do Executivo foi chamado para fazer um discurso durante a cerimônia.
E não foi só isso. Diante dos gritos da oposição, parlamentares da base também decidiram se pronunciar e gritaram chamando Bolsonaro de “mito”. Além disso, o presidente também provocou dizendo: “Nos encontramos em 2022”. Isso fazendo menção ao fato de que em 2022 acontecerá as próximas eleições presidenciais.
Diante da troca de provocações, o presidente recém-eleito do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que contou com o apoio de Bolsonaro durante as eleições, tentou acalmar os ânimos dos presentes no local pedindo respeito.
Pacheco afirmou não se tratar apenas de tolerar as divergências, mas sim de “ter amor às divergências”. Neste momento, Arthur Lira (PP-AL), que foi recém-eleito como presidente da Câmara dos Deputados, também com o apoio de Bolsonaro, estava ao lado de Pacheco.
A cerimônia contou ainda com a presença de Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e Augusto Aras, procurador-geral da Justiça.
Ao chegar ao Congresso de carro e usando máscara, Bolsonaro foi recebido pelos presidentes do Senado e da Câmara na entrada.
Vale ressaltar que há um mês foi noticiado que alguns parlamentares da oposição, entre eles, a presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), pediram à Procuradoria-Geral da União (PGR) que se instaurasse um inquérito policial para apurar algumas falas de Bolsonaro sobre uma suposta fraude eleitoral no pleito de 2018, no qual ele foi eleito presidente do Brasil. Além disso, a oposição pede ainda que se investigue falas do chefe do Executivo relacionadas a problemas nas eleições de 2022.