O caso de tortura do menino de 11 anos que era mantido acorrentado em um barril de ferro sob condições desumanas em sua residência no bairro Jardim Itatiaia, em Campinas, gerou forte comoção e revolta dos brasileiros.
Após denúncias anônimas, uma equipe da Polícia Militar conseguiu resgatar a criança, que se encontrava em estado deplorável, com desnutrição grave. Os três suspeitos da ação foram presos em flagrante, entre eles o pai do menino, um auxiliar de serviços, de 31 anos, e a namorada dele, de 39 anos.
Ao chegarem no local onde o menino era mantido preso, os policiais militares se mostraram comovidos com a cena encontrada. Acorrentado pelas mãos e pés, o menino estava nu, debilitado, e com as pernas inchadas.
“Eu, particularmente, em 15 anos na Polícia Militar, nunca vi um policial chorando numa ocorrência. Essa foi a primeira vez que eu vi vários policiais chorando”, afirmou o tenente da PM Juliano Cerqueira.
Pergunta que chocou
Após ser resgatado e alimentado pela equipe, o menino de 11 anos perguntou a um dos agentes se ele poderia ficar responsável pela sua guarda. Questionamento este, que aumentou ainda mais a comoção dos militares e profissionais envolvidos na operação.
Internação
Apresentando um quadro de desnutrição grave, o garoto foi encaminhado para o Hospital Ouro Verde, em Campinas, onde segue internado. Sob a tutela de uma tia paterna, a criança permanecerá internada até adquirir o peso ideal para sua idade e estatura.
Decisão da Justiça
Na tarde da última segunda-feira (01), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou a prisão preventiva dos três suspeitos, que por questões de sigilo, não tiveram as suas respectivas identidades reveladas.