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Na semana passada foi divulgado o resultado de um estudo brasileiro que conseguiu comprovar pela primeira vez dois casos de pessoas que chegaram a ser contaminadas de uma só vez por duas linhagens do novo coronavírus.
Especialistas explicam que em casos assim pode ser gerada uma terceira linhagem do coronavírus através de ‘recombinação’, um fenômeno já conhecido dos estudiosos, onde há uma mutação significativa no genoma viral.
Erna Kron, que é professora na Universidade Federal de Minas Gerais, alertou a todos que essa recombinação acontece quando a pessoa foi infectada por duas variantes do novo coronavírus e também é preciso que aconteça uma troca de material genético entre as variantes.
A professora disse ainda que não é sempre que esse processo gera um novo vírus ainda mais infeccioso, pois isto é algo impossível de ser previsto, já que são muitas as possibilidades. Ainda segundo a especialista, a recombinação não é algo novo e há muitos anos vem sendo estudada pelos cientistas.
“Para a troca de material genético ocorrer você tem que quebrar o RNA [de uma linhagem] e inserir o RNA da outra. O coronavírus tem 3 vezes o tamanho do vírus da gripe e é menos segmentado”, explicou Erna.
A professora disse que os vírus vão se multiplicando quando estão no corpo de uma pessoa, e então ocorrem várias mutações, só que umas acabam fazendo com que o coronavírus fique mais resistente, o que é bom para ele e péssimo para a humanidade.
Um alerta feito pelos especialistas é que quanto mais o vírus vai sendo disseminado, maior será a quantidade de variações, por isso é tão importante manter o isolamento social e tomar todos os cuidados quando precisar sair às ruas.