Samuel Pessôa, pesquisador do Ibre/FGV, que também é colunista da Folha, acredita que a renovação do auxílio emergencial poderia beneficiar Jair Bolsonaro, já que já popularidade anda em queda.
O pesquisador participou esta semana de um debate promovido pela Folha em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia, juntamente com outros profissionais. Para Pessôa, o Brasil enfrenta a segunda onda do coronavírus e o retorno do auxílio emergencial daria fôlego ao presidente para traçar novas estratégias e conseguir ser reeleito.
Na avaliação, o pesquisador disse que hoje existe um debate a respeito do teto de gastos e a volta do benefício, em seguida ele explicou com o presidente se deu bem com esta pandemia: “Apesar de a pandemia piorar a situação do país como um todo, ela deu tempo para Bolsonaro. Ele não mostrou, nesse período, vontade de liderar as reformas que são necessárias”.
Nesse debate da Folha, houve uma divergência entre os participantes a respeito da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados que deve ocorrer nesta segunda-feira, dia 1º de fevereiro. O cientista político Carlos Pereira acredita que é um momento para mostrar qual é a maturidade do Congresso.
Mas o que todos os participantes desse debate concordaram é que a atual postura do presidente mostra que ele mudou em relação à forma como lida com o Congresso e hoje ele sabe como é importante contar com ‘parcerias’.
Pereira disse que Bolsonaro entendeu que governar sozinho é bem mais complicado e agora tenta ter um apoio maior para sobreviver e voltar a ganhar popularidade.