O economista Paulo Rabello de Castro explicou que durante a pandemia houve um sério problema com os gastos e que eles deveriam ter sido mais racionalizados e que agora uma bomba poderá estourar para o ministro da Economia. Para Castro, será preciso fazer uma revisão para eliminar gastos ineficazes e também acabar com o desperdício.
Ainda segundo o economista, o BNDES precisava atuar melhor durante a crise, inclusive oferecendo linhas de créditos para garantir a preservação de empregos de forma especial para as pequenas empresas.
Castro explicou ainda que é preciso fazer uma varredura em relação ao R$ 1,5 trilhão de despesas primárias que já estão previstas para o orçamento desse ano.
“Se isso fosse feito, seria possível economizar de 15% a 20%, o suficiente para pagar com folga um novo auxílio emergencial, que é necessário, mas em uma proporção menor do que foi no ano passado. Basta o governo colocar uma equipe para fazer esse levantamento de todas as despesas”, disse Paulo Rabello que também já foi ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
O que se vê agora é uma explosão da dívida pública porque os gastos públicos aumentaram durante a pandemia e o Executivo se endividou ainda mais para custear os programas emergenciais. Agora o Brasil está com uma conta no valor de R$ 6,615 trilhões que precisa ser paga, enquanto o governo é pressionado para voltar com o auxílio emergencial.
Segundo o Banco Central, a Dívida Bruta do Governo Federal já está em 89,3% do PIB e isso foi até o ano passado. Houve um aumento recorde se comparado com 2019, um dado preocupante que precisará ser analisado o quanto antes.