Alessandro Vieira, do Cidadania-SE, é relator do projeto que criou o auxílio emergencial em 2020 e ajudou a milhões de brasileiros, agora o senador está analisando a possibilidade de voltar com o benefício, só que com algumas mudanças.
Essa análise é feita em um momento de extrema preocupação para o Brasil porque há um agravamento da pandemia causada pela Covid-19 em vários estados e o possível retorno do auxílio poderia ser obtido através de crédito extraordinário para que a estabilidade fiscal do país não corra risco.
O senador defende a volta do auxílio emergencial por mais seis meses, mas com o valor das parcelas sendo de R$ 300, sendo que o custo mensal ficaria em R$ 15 bilhões. Vieira acredita que está faltando ‘sensibilidade’ e também perfil técnico aos profissionais que trabalham para o ministro da Economia, pois é preciso saber lidar com essa questão.
Para o relator, alguns membros da equipe econômica estaria adotando uma interpretação defensiva para justificar a não renovação do benefício e chegam a alegar que tal decisão não pode ser tomada através de crédito extraordinário, pois ficaria fora do teto de gastos.
“A resistência fica maior ainda”, explicou Vieira durante uma entrevista ao Estadão. Ele garantiu que não existe risco de responsabilidade fiscal e que a prorrogação do benefício poderia ser feita, mesmo sem o estado decretar calamidade.
O senador afirma que se a equipe econômica está em dúvida a respeito do crédito extraordinário então é só consultar o Tribunal de Contas da União, que é o órgão responsável pela fiscalização das finanças públicas.