A situação delicada que o país vive em função da pandemia deixou milhares de famílias em um cenário de extrema pobreza. Criado pelo governo federal em abril do ano passado, o Auxílio Emergencial teve o último lote de pagamentos padrão realizado no último mês, e tem uma possível continuação ainda indefinida.
Buscando alternativas para contornar o quadro alarmante, o governo federal está bem próximo de promover alterações no programa Bolsa Família, com o objetivo de minimizar os efeitos provocados pelo fim do pagamento do Auxílio Emergencial.
Em entrevista concedida a José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, nesta quarta-feira (27), o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, trouxe novidades sobre a medida que o governo está prestes a oficializar: a ampliação do Bolsa Família.
Segundo o responsável pela pasta, o plano deve ser apresentado na próxima semana, e o intuito do governo federal é lançar o “novo programa”, com todas as reformulações, no mês de fevereiro.
“O Bolsa Família vai atender mais de 14,3 milhões de famílias, que é o número que será atendido no mês de fevereiro. É o maior número da história do programa, nunca teve um número tão grande de famílias atendidas”, afirmou Lorenzoni.
Sem detalhes
Apesar de ter citado o quantitativo de pessoas que serão atendidas nesta reformulação do Bolsa Família, o ministro da Cidadania não trouxe revelações quanto aos valores das cotas que serão pagas, ratificando que isso se dá pelo fato do Orçamento ainda não ter sido aprovado.
Atualmente, um beneficiário do programa recebe no máximo R$ 190. Em discursos recentes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a abordar sobre estas mudanças no Bolsa Família, e não escondeu o desejo de fixar o pagamento de R$ 300 por mês no benefício.
No ano passado, o governo federal chegou a se movimentar para criar o Renda Brasil, um programa que teria a “marca da gestão Bolsonaro” e viria para substituir o Bolsa Família. Contudo, após alguns impasses, o projeto foi engavetado.