Horas depois do portal Metrópoles revelar uma lista com itens que foram comprados pelo governo no último ano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apareceu comentando sobre o assunto em um vídeo divulgado nesta quarta-feira (27).
Na matéria feita pelo portal, foi apontado que o governo federal teve mais de R$ 1,8 bilhão em gastos e alguns itens de alimentação chamaram a atenção. Os números revelados geraram uma grande repercussão, com revolta, ironias e uma chuva de memes contra o chefe do Executivo.
Diante de toda a abordagem do fato, o presidente resolveu atacar a imprensa mais uma vez, utilizando palavras de baixo calão. “Vai para put* que pariu, porr@. Essa imprensa de merda, é para enfiar no rabo de vocês, de vocês da imprensa, essas latas de leite condensado aí”, disse o presidente.
O presidente Bolsonaro fechou uma churrascaria hoje em Brasília para um evento privado com artistas.
Tive acesso às imagens.
Ele comentou a polêmica com a compra de alimentos. Disse que o leite condensado é pra “enfiar no rabo da imprensa” e defendeu o gasto com chicletes. pic.twitter.com/fykEhjkMfO— Samuel Pancher (@SamPancher) January 27, 2021
Os ataques de Bolsonaro foram feitos em um restaurante em Brasília. O local estava cheio, e na filmagem divulgada, ninguém aparecia fazendo a utilização de máscaras. Após as declarações polêmicas do chefe do Executivo, muitos dos presentes o aplaudiram, entre eles o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e artistas como Rick da dupla com Renner e Amado Batista.
Para outros fins
Depois do ataque à imprensa, Bolsonaro justificou que os gastos em alimentos citados não foram destinados à presidência, e sim para o Exército Brasileiro e programas de alimentação criados pelo Ministério da Cidadania e abastecimento do Ministério da Educação.
Na relação divulgada pelo Metrópoles, um dos itens que gerou mais polêmica por conta das altas cifras gastas foi o leite condensado, que impactou um custo de mais de R$ 15 milhões. O fato gerou diversos memes e brincadeiras para com o chefe do Executivo, que chegou a ser chamado de “Moçonaro”.