Drama, dor e sofrimento, é assim que familiares de Lucas Matheus Silva, 8, Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11, e Alexandre da Silva, 10, têm vivido no último mês. Sem respostas, eles anseiam a chegada de boas notícias acerca do paradeiro destas três crianças, que saíram para brincar no dia 27 de dezembro, em uma favela de Belfort Rocha, na Baixada Fluminense, e nunca mais voltaram.
Passados 30 dias do sumiço das crianças, as autoridades ainda não conseguiram formular uma linha de investigação. Câmeras de segurança de locais próximos não captaram movimentação dos meninos. Como não há um fio a ser seguido, até mesmo indícios de suposto envolvimento do tráfico de drogas, que é forte na comunidade, não está descartado.
Responsável pelas investigações, o delegado Uriel Alcântara classificou o caso como “complexo e atípico”.
Desabafo comovente
Em entrevista concedida ao portal UOL, a mãe de Alexandre da Silva detalhou o sentimento vivido nas últimas semanas, diante da incerteza acerca do paradeiro do filho de apenas 10 anos. Tendo completado 31 anos na última segunda-feira (25), Rana Jéssica afirmou que se pudesse fazer um pedido este não seria outro a não ser um reencontro com o filho.
“Devolva meu filho. Só quero isso. Eu estou sem forças. Chega a noite e eu fico pensando neles. O Alexandre dorme comigo na cama. É difícil olhar pro lado e não ver ele, é um vazio. Como eu estou sentindo, eu sei que ele está também”, desabafou a mãe do garoto.
Além do drama vivenciado por conta do desaparecimento dos meninos, os familiares já passaram por momentos dolorosos com a divulgação de fake news acerca do paradeiro. Uma das famílias chegou a sofrer um acidente de carro na volta de uma viagem após receber uma ligação informando a localização dos meninos. O pneu estourou e o veículo acabou capotando, ninguém se feriu.