A possível retomada dos pagamentos do Auxílio Emergencial é um dos assuntos mais comentados e discutidos no momento. Responsável por “desafogar” a economia nacional em tempos de crise, por conta da Covid-19, o programa teve suas últimas cotas liberadas em dezembro para a maioria dos beneficiários. Com o país ainda passando por um momento delicado de pandemia, cresceu nos últimos a movimentação para tentar uma volta do benefício.
Nesta terça-feira (26), o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar sobre o tema. Segundo o responsável pela pasta, a estratégia da sua ala é promover a vacinação em massa da população nacional o que consequentemente por possibilitar o regresso de um volume mais intenso da economia, tudo objetivando que não haja a necessidade de extensão do Auxílio Emergencial.
Contudo, Guedes enfatizou que caso a vacinação atrase e a pandemia apresente um cenário ainda mais agravante, há sim a possibilidade de retomar os pagamentos do benefício, mas com uma condição: os gastos do governo federal terão que ser contidos.
“Quer criar o Auxílio Emergencial de novo, tem de ter muito cuidado. Pensar bastante, pois, se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública, pois a prioridade passou a ser absoluta, é uma guerra. Aqui é a mesma coisa, se apertar o botão ali, vai ter de travar o resto todo [do orçamento]”, disse Paulo Guedes.
Nos bastidores do Congresso Nacional, ao menos nove projetos de lei já foram protocolados pedindo a volta do Auxílio Emergencial nos primeiros meses de 2021. A Casa está em recesso, voltando às atividades na próxima semana, com as eleições aos cargos da Câmara dos Deputados e do Senado. A pauta para discutir o futuro do programa certamente estará entre os primeiros assuntos a ser debatido nesta volta às atividades.
Bolsonaro rechaça
Na última segunda-feira (25), em conversa com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a reforçar o discurso de que o país não tem condições de viabilizar mais pagamentos do Auxílio. Segundo o chefe do Executivo, o programa “não é uma aposentadoria“.