Em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal deu início na última quinta-feira, 14, a Operação Onzena, que investiga uma possível fraude em processos licitatórios e o superfaturamento em contratos públicos firmados por várias instituições públicas, entre elas, Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares e a Secretaria de Saúde doo Estado do Piauí.
Tanto as licitações quanto os contratos seriam destinados ao combate à pandemia do coronavírus e foram totalmente custeadas com recursos públicos federais, repassados através do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
Expedidos pela Justiça Federal do Estado do Piauí, a fase atual da investigação está mobilizando cerca de 70 policiais federais e oito técnico/auditores da CGU, para o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão que serão realizados em dois estados: Piauí e Maranhão.
Como objetivo dos mandados judiciais, os investigadores esperam colher provas sobre a tese de superfaturamento em contratos públicos para o favorecimento de algumas empresas, e ainda a prática de outros crimes.
A Operação Onzena teve início depois de uma grande divulgação feita pela mídia local e trabalhos de auditoria realizados nas contratações que supostamente estariam sendo superfaturadas da Fundação. O valor seria de aproximadamente R$ 5,5 milhões, no entanto, isso não é tudo já que a Secretaria de Saúde também teria favorecido uma empresa específica do Piauí com a quantia de R$ 30 milhões.
De início, a investigação analisou diversos processos de pagamento, contratos, processos licitatórios, notas fiscais e outras diligências. Alinhados os documentos apontam um prejuízo de quase R$ 20 milhões ao erário federal.