Alento de milhares de brasileiros nos últimos meses, o Auxílio Emergencial teve o seu calendário de pagamentos sendo encerrado no último mês. Com o Brasil vivenciando um cenário ainda preocupante com a pandemia do coronavírus, os beneficiários aguardam com expectativa a possibilidade do programa retornar em 2021.
Candidato à presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) admitiu em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (18) que o governo federal poderá pagar mais alguns meses do Auxílio Emergencial, a depender da aprovação do Orçamento para 2021, do valor e quantidade de parcelas do benefício.
“Penso que, com Orçamento [aprovado], dependendo do valor e do prazo [do benefício] e respeitando o teto de gastos, tenhamos possibilidade de fazer um auxílio, até que se vote um novo programa permanente [de renda mínima, como o Bolsa Família]”, disse Lira, que tem a sua candidatura apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Nesta segunda-feira (18), o oponente de Lira ao pleito pela presidência da Câmara, Baleia Rossi, disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve propor uma retomada do benefício, desde que o teto de gastos não seja rompido.
Palavra do governo
Até o momento, o governo federal tem se mostrado irredutível quanto à possibilidade de esticar o Auxílio Emergencial por mais tempo. Em diversos pronunciamentos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o país não tem condições de continuar pagando cifras bilionárias para manter o programa, que simboliza um endividamento e não a utilização de recursos dos cofres públicos.
Nos bastidores do Congresso Nacional, diversos parlamentares já apresentaram propostas para estender o estado de calamidade, bem como o Auxílio Emergencial. Os projetos, no entanto, ainda não foram pautados na Casa, que segue em recesso.