Por essa o presidente da República não esperava. A Venezuela não só prometeu na última sexta-feira, 15, enviar cilindros de oxigênio para ajudar Manaus, que vive o pior colapso do sistema de saúde de todos os tempos com o crescimento de casos de Covid-19, como cumpriu com o prometido neste sábado, 16.
De acordo com reportagem do R7, vários caminhões carregados com cilindros de oxigênio partiram no sábado da Venezuela com destino a Manaus. A informação foi divulgada mais cedo pelo chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, o mesmo que anunciou a ajuda humanitária ao Brasil na sexta.
A decisão de ajudar o Brasil ocorreu na quinta-feira, 14, após o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que sempre é alvo de críticas de Bolsonaro por conta da diferença ideológica dos dois, ordenar que Jorge Arreaza se comunicasse com as autoridades brasileiras em Manaus para ajudar com o oxigênio que fosse necessário.
Até o momento, o presidente ou qualquer representante do Planalto não comentaram a ajuda recebida pelo país vizinho. Nesta semana, diante da repercussão da crise vivida em Manaus, Bolsonaro declarou que o governo federal fez o que podia para ajudar a cidade, colocando as Forças Armadas a disposição.
O chefe do Estado brasileiro ainda voltou a criticar medidas de isolamento, afirmou que o país não tem dinheiro para continuar pagando o auxílio emergencial e defendeu o uso da hidroxicloroquina, argumentando que o remédio é eficaz e não causa efeitos colaterais.
Médicos, entretanto, afirmam não haver comprovação cientifica da eficácia do medicamento. Alguns estudos indicam que o medicamento poderia gerar danos a alguns grupos de pacientes, como os que possuem problemas cardíacos.