Médico relata o que é feito para manter paciente vivo em hospitais de Manaus sem oxigênio

Profissional de saúde contou o que médicos e enfermeiros estão fazendo por causa da falta de cilindro de oxigênio.

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A situação dos hospitais de Manaus é terrível. Desde ontem, as informações que chegam da capital amazonense dão conta de que falta oxigênio para pacientes na cidade. O desespero tomou conta de familiares de pacientes. As pessoas internadas também estão desesperadas e com medo da morte.

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Nas redes sociais, artistas como Whindersson Nunes e Bruno Gagliasso se mobilizaram para enviar doações de cilindros de oxigênio para os hospitais de Manaus. A situação caótica tem sido noticiada em todo o Brasil e não faltam críticas aos políticos.

Sem ventiladores automáticos, os médicos e enfermeiros têm recorrido aos respiradores manuais. Um dos profissionais contou à BBC News Brasil que a ventilação manual tem sido usada em Manaus desde o começo da pandemia, em março. A cidade tem registrado alto índice de mortes nas últimas semanas, quando a segunda onda de Covid voltou forte.

A cidade sofre com a deficiência de ventiladores mecânicos e de leitos na unidade de terapia intensiva (UTI). “Essa situação caótica muitas vezes exigiu passar noites inteiras ao lado do leito do paciente, fazendo uma escala do ambu, com colegas, técnicos e enfermeiros se revezando por longos períodos — às vezes meia hora, uma hora, uma hora e meia”, disse o cirurgião geral e pediatra Pierre Souza.

Ambu é o ventilador manual. Peirre também afirmou que a ventilação só para quando o paciente é transferido para a UTI ou quando morre. O relato é forte e mostra a situação limite em que vivem os profissionais de saúde. Muitos estão esgotados diante da crise sanitária que acontece na cidade que foi uma das sedes brasileiras na Copa do Mundo de 2014.

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