Mulher que viralizou em vídeo implorando por oxigênio no AM detalha colapso vivido: ‘Todo mundo vai morrer’

Falta de oxigênio provocou várias mortes por asfixia em unidades hospitalares de Manaus.

PUBLICIDADE

A pandemia do coronavírus assola a população nacional em larga escala. Em Manaus, o cenário de colapso passou a ser vivenciado nos últimos dias com o crescimento exponencial de novos casos de infecção e óbitos. Hospitais, cemitérios e serviços funerários estão sobrecarregados. Na última quinta-feira (14), a situação complicou ainda mais diante da falta de cilindros de oxigênio.

PUBLICIDADE

Depois de passar momentos de tensão no qual classificou como semelhante ao “fim do mundo”, a psicóloga Thalita Rocha viralizou nas redes sociais ao publicar um vídeo suplicando socorro. Com a sogra internada em uma unidade pública da cidade manauara, ela externou toda a situação vivida e, nas imagens divulgadas, aparece pedindo cilindros de oxigênio, tendo em vista que muitos pacientes estavam morrendo por asfixia.

Em entrevista à BBC News nesta sexta-feira (15), Thalita trouxe mais bastidores das cenas vivenciadas no hospital, onde enfermeiros se viram de “mãos atadas” diante do colapso pela falta de oxigênio. 

“Os familiares dos pacientes ficaram desesperados. Fui atrás da diretora do hospital, que é uma senhora muito humilde e querida. Vi o desespero nos olhos dela. Ela falou: não tenho o que fazer, infelizmente. Eu respondi: então todo mundo vai morrer”, disse a psicóloga bastante emocionada.

A publicação

Segundo Thalita, ela resolveu gravar o vídeo e divulgar nas redes sociais ao ver a situação da sua sogra e de outros pacientes piorar significativamente. No trecho que viralizou e comoveu o país, ela relata a morte de pacientes pela falta de oxigênio, e pede doações de cilindros. 

PUBLICIDADE

Diante da situação caótica vivida, centenas de pacientes foram transferidos para outros estados para continuar o tratamento, desafogando assim as unidades hospitalares da capital amazonense, que somente nas últimas 24h registrou mais de 2,5 mil casos de novos infectados.