Quando a primeira pessoa foi vacinada contra a Covid-19 nos Estados Unidos, o governo americano esperava que pelo menos 20 milhões de pessoas fossem imunizadas até o final do ano de 2020. Porém, cerca de 30 dias depois, 21,4 milhões de doses foram enviadas para hospitais e departamentos de saúde e menos de 6 milhões receberam as doses.
Essas informações foram dadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, que á agência de pesquisa em saúde pública que trabalha em conjunto com o Departamento de Saúde dos EUA.
Essa notícia vem de encontro a dados alarmantes no país. Enquanto os Estados Unidos estão registrando recordes diários de número de mortos pela Covid-19, mais de 21 milhões de infectados e 370 mil mortes, atrasos e problemas de logística estão empacando essa imunização.
Mesmo que o volume que está disponível para a população tenha limites, especialistas em saúde dizem que o problema não é a escassez de doses, mas sim as dificuldades em se distribuir essa vacina para as pessoas que estão aptas a serem imunizadas.
Considerando a refrigeração que estão disponíveis nos hospitais e departamentos de saúde, essas vacinas podem ficar preservadas por até 35 dias. Se elas não forem usadas agora, essa primeira remessa pode expirar ainda em janeiro.
Em alguns locais do país os profissionais de saúde começaram a aplicar a vacina em pessoas aleatórias, que não estão dentro dos grupos prioritários, para que essas doses não acabassem no lixo. Um hospital da Califórnia montou uma operação de emergência para aplicar doses que iriam vencer em duas horas.