A pandemia do coronavírus voltou a registrar números preocupantes nas últimas semanas. Com a chegada das festividades de fim de ano, mesmo diante de todas as recomendações das autoridades sanitárias, grande parte da população quebrou os protocolos de isolamento social, fato que pode denotar um aumento astronômico de novos casos.
Em entrevista à Rádio Jornal, de Recife, a pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, trouxe um alerta preocupante do que esse tipo de comportamento pode acarretar no país, principalmente pelo fato do Brasil ainda estar distante de uma vacinação em massa de sua população.
“Não tenho dúvida de que o mês de janeiro, pelas festas e comportamentos inadequados, que veremos inclusive nesta noite de Ano Novo, e que têm nos entristecido muito, farão com que a segunda onda se materialize em janeiro. Será o janeiro mais triste das nossas vidas”, desabafou Margareth Dalcolmo.
Atraso
Ainda na entrevista, a especialista criticou o fato do Brasil ter sido um ‘celeiro muito produtivo’ dos testes e estudo das vacinas contra a Covid-19, mas não ter evoluído, esbarrando até mesmo na negociação para ser ter os imunizantes, cenário que impacta em um atraso no início da campanha de vacinação, que em muitos países já foi iniciada.
Durante os últimos meses, o Brasil foi palco de vários testes de imunizantes, entre eles a CoronaVac, a vacina de Oxford, Pfizer, que se encontram em estágios mais avançados de estudos. O registro dos imunizantes ainda dependem da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por fim, Margareth afirmou que todos os imunizantes contra a Covid-19 são seguros. A especialista criticou as pessoas que lideram movimentos antivacina, classificando-os como “marginais” e “criminosos”.