O presidente da Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (Amaerj), Felipe Gonçalves, informou que as filhas da juíza Viviane Vieira Arronezi, de 45 anos, ficarão sob a guarda da avó materna. As meninas presenciaram o crime, causando graves sequelas psicológicas. A decisão foi proferida rapidamente, por meio de alvará expedido pelo plantão judiciário de Niterói (Rio de Janeiro).
O representante afirma ainda que a associação, assim como toda a sociedade brasileira, está abalada com a crueldade cometida contra a magistrada. Armado com faca, o engenheiro Paulo Arronezi golpeou a ex-companheira com 16 facadas, a maioria no rosto e o restante nas costas.
Diante da situação enfrentada pelas crianças, a Amaerj prometeu que irá prestar todo o apoio necessário às meninas, tanto do ponto de vista psicológico quanto jurídico. “A guarda foi deferida ontem pelo plantão de Niterói para a avó, e nós prestaremos todo apoio emocional, bem como jurídico. Nós colocaremos à disposição da família o advogado da Amaerj para atuar como assistente de acusação”, pontuou.
Filhas abaladas
Gonçalves esteve no velório da juíza e presenciou um cenário desolador. O clima de tristeza e luto se misturou com o de revolta diante da brutalidade. As filhas, que mais sofrem neste momento doloroso, estão abaladas e não estiveram presentes no cortejo fúnebre.
O caso segue sob investigação conduzida pela Divisão de Homicídios (DH). Viviane foi golpeada quando foi ceder a guarda das crianças a Paulo, para que pudessem passar a Noite de Natal na companhia do pai. Acusado de feminicídio, ele segue preso durante o andamento das investigações.