Alento de milhares de brasileiros nos últimos meses, o Auxílio Emergencial reaqueceu a economia nacional em tempos de crise por conta da pandemia do coronavírus. O benefício, no entanto, tem seu cronograma de pagamento fixado até o final deste ano, e o governo já sinalizou que não estenderá o programa em 2021.
Apesar deste cenário de término de pagamentos, o governo federal busca alternativas para viabilizar um novo programa. Há alguns meses chegou a ser cogitado a criação do Renda Cidadã, que viria pra ser um substituto do Bolsa Família. O programa, contudo, acabou travando por questões de financiamento.
Diante desta situação, a expectativa é o próprio Bolsa Família seja ampliado a um grupo maior de pessoas, e que conte com um reajuste no valor das parcelas, para auxiliar os brasileiros durante o tempo de crise.
De acordo com o blog da colunista Andréia Sadi, do Grupo Globo, integrantes da cúpula do governo buscam alternativas para fazer com que a popularidade de Jair Bolsonaro continue em alta, uma vez que o Auxílio Emergencial elevou a aceitação do chefe do Executivo em várias regiões do país.
Apesar disso, a ala econômica do governo argumenta que não é possível manter o pagamento do auxílio sem furar o teto de gastos.
Valores
Segundo informações do jornalista Lauro Jardim, do O Globo, Jair Bolsonaro já avisou ao ministro Paulo Guedes sobre o substituto do Auxílio Emergencial. O colunista aponta que o presidente afirmou que o substituto do programa deve começar a valer em janeiro de 2021, e não pode ter um valor inferior a R$ 300, cota que tem sido paga no auxílio residual, fixado em setembro. O Bolsa Família será ampliado a uma faixa maior da população brasileira.
Sem conversa
Na última semana, Bolsonaro voltou a afirmar que o Auxílio Emergencial não será estendido, e foi enfático ao revelar que proibiu a cúpula do seu governo de falar sobre o Renda Cidadã.
“Quem falar em Renda Brasil, eu vou dar cartão vermelho, não tem mais conversa”, disse Bolsonaro em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes.
Ainda na entrevista, Bolsonaro sinalizou que o foco do governo agora é o Bolsa Família.
“Vamos tentar aumentar um pouquinho isso aí”, pontuou o chefe do Executivo.