Prestes a tirar alguns dias de férias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, concedeu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (18), destacando que a vacinação em massa da população contra a Covid-19 é o grande e próximo capítulo das medidas econômicas do governo no combate à pandemia do coronavírus.
O responsável pela pasta sinalizou positivamente à liberação de R$ 20 bilhões para serem investidos na compra dos imunizantes e processo de campanha de vacinação. Guedes, no entanto, seguiu a mesma linha de discurso do presidente Jair Bolsonaro, defendendo que a aplicação da vacina seja opcional.
“O capítulo mais importante vem agora, que é a vacinação em massa. São mais R$ 20 bilhões para a vacinação em massa dos brasileiros”, afirmou o ministro em coletiva realizada nesta sexta-feira (18), para fazer um balanço do que foi o ano.
Guedes ainda fez questão de pontuar que o processo de imunização da população é importante para garantir o retorno ao trabalho, fator que sustenta a retomada da economia do país.
“O retorno seguro ao trabalho exige a vacinação em massa da população brasileira”, discursou Guedes.
Auxílio Emergencial?
O ministro não é o único da ala econômica do governo que vem ligando o ritmo da retomada da economia à vacinação. Também nesta semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que vale mais a pena investir na vacina do que em uma possível prorrogação dos auxílios.
Publicamente, Guedes já rechaçou a possibilidade de uma nova extensão do Auxílio Emergencial, sinalizando que o grupo econômico está acompanhando a situação de pandemia, e pronto para reagir com alternativas caso seja necessário. Um adiamento no pagamento de impostos do início de 2021, por exemplo, não é descartado pelo governo.
Nesta sexta-feira (18), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) resolveu colocar em pauta a votação da medida provisória que estendeu o Auxílio Emergencial pela última vez. O pedido para que a pauta fosse abordada no Congresso já vinha sendo feito há algum tempo. A decisão de Maia em discutir o assunto, no entanto, se deu após uma declaração polêmica de Jair Bolsonaro, que o responsabilizou do não pagamento do 13º do Bolsa Família.